A Wells Fargo & Co (WFC) divulgou um pequeno aumento no lucro trimestral na sexta-feira (15) que bateu as estimativas de Wall Street, já que a estabilização dos custos do crédito ajudou a amortecer as taxas de juros históricas próximas de zero.
O quarto maior banco dos EUA, que tem sido afetado por altos custos vinculados a litígios nos últimos anos, relatou uma queda nas despesas gerais do quarto trimestre. Mas os custos ainda são altos devido a um escândalo de práticas de vendas que o assombra desde 2016.
O Wells Fargo (WFC) pagou US$ 321 milhões em custos de remediação de clientes no trimestre, apesar de os executivos do banco sinalizarem repetidamente que o pior da queda, que lhe custou bilhões, está no passado.
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CEO do Wells Fargo (WFC) tem como meta US$ 10 bilhões anuais
A empresa também registrou US$ 781 milhões em despesas de reestruturação, já que o CEO Charlie Scharf tomou medidas duras para mudar a sorte do banco onde ingressou em 2019.
Charlie Scharf tem como meta uma economia de US$ 10 bilhões anualmente no longo prazo. O banco também está descarregando ativos, incluindo uma possível venda de seu negócio de gestão de ativos para um consórcio de private equity.
O Wells Fargo (WFC) já foi visto como o crème de la crème dos bancos americanos, ele evitou todos os tipos de problemas que os rivais de Wall Street encontraram durante a crise financeira de 2007-2009.
Apesar disso, o banco tem operado sob uma nuvem negra desde 2016, quando surgiram detalhes sobre milhões de contas falsas que os funcionários criaram em nomes de clientes sem sua permissão para atingir as metas de vendas.
Receita total caiu para US$ 17,93 bilhões
O Wells Fargo (WFC) também é limitado por restrições de crescimento que o Federal Reserve dos EUA colocou em seu balanço patrimonial como punição pelos abusos nas vendas.
“Nossos resultados continuaram a ser impactados pelo ambiente operacional sem precedentes e pelo trabalho necessário para deixar para trás nossos problemas de legado substanciais”, disse Scharf em um comunicado.
Como o banco não tem um grande negócio de mercado de capitais como o JPMorgan Chase (JPM) ou o Citigroup (C), que também divulgou resultados na sexta-feira, ele tem menos maneiras de amortecer as quedas nas receitas de taxas de juros baixas.
A receita líquida de juros da Wells Fargo (WFC) caiu 17%, para US$ 9,28 bilhões. Enquanto isso, a receita total caiu 10% para US$ 17,93 bilhões, perdendo a média das estimativas dos analistas, de acordo com a estimativa do IBES da Refinitiv.
Depósitos totais aumentaram 4%
O crescimento dos depósitos disparou em todo o setor, à medida que consumidores e empresas cautelosos economizam mais e gastam menos durante a pandemia. Wells Fargo adicionou depósitos a uma taxa muito mais lenta em comparação com seus pares.
Seus depósitos totais aumentaram 4%, em comparação com um salto de 20% no Citigroup (C) e um aumento de 35% no JPMorgan (JPM). As ações da Wells Fargo (WFC) caíram 7,2% para US$ 32,25 nas negociações da manhã.
Ainda assim, o banco conseguiu um lugar brilhante. Ele registrou lucro líquido de US$ 2,99 bilhões, ou 64 centavos por ação, no trimestre encerrado em 31 de dezembro, em comparação com US$ 2,87 bilhões, ou 60 centavos por ação um ano antes.
Os custos associados a empréstimos inadimplentes caíram US$ 823 milhões em comparação ao ano passado e permaneceram bem abaixo do nível visto no primeiro semestre do ano, quando o banco acumulou mais de US$ 14 bilhões em despesas com provisões.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
