Títulos públicos encerram agosto em queda

Os títulos públicos apresentaram queda de rentabilidade no mês de agosto, puxados pelas discussões sobre risco fiscal com ameaça do rompimento do teto de gastos. 

Em meio à movimentação no cenário político e à baixa taxa de juros, os investidores mostraram tensão resultando na pressão no mercado financeiro do país levando.

No quadro geral do último mês, a Bolsa de Valores fechou em negativo e o Dólar somou valorização. Já os papéis do Tesouro Direto apresentaram baixa e levaram os brasileiros a exigir taxas mais altas como condição para compra de dívida pública.

Títulos públicos encerram agosto em queda
Fonte: (Reprodução/Internet)

Confira a rentabilidade dos títulos públicos referente ao mês de agosto. 

Títulos públicos têm queda da rentabilidade

Os títulos públicos são conhecidos como opção de investimento seguro. Por isso, normalmente são aderidos pelo público de investidores que se consideram conservador. 

No entanto, com corte da Taxa Selic para 2% e riscos rondando as contas públicas os investidores ficaram receosos em investir em opções com pouco rendimento e emprestar dinheiro ao governo. Isto porque que a compra de títulos do Tesouro representam frações da dívida pública. 

Como consequência, diversos papéis apresentaram queda de rentabilidade em agosto, mostrando-se pouco atrativos para quem investe no mercado de renda fixa. 

  • Tesouro IPCA+ (vencimento em 2045): recuo de 9,45% no último mês, após subir 14,8% em julho. Já o juro pago pelo título aumentaram de 3,40% para 3,72%;
  • Tesouro IPCA+ com juros semestrais (vencimento em 2055): queda de 6,52%;
  • Tesouro Selic (vencimento em 2025): avanço tímido de 0,12%.
Títulos públicos encerram agosto em queda
Fonte: (Reprodução/Internet)

Nos percentuais acumulados, os papéis apresentam cenários distintos a depender do vencimento para resgate. 

  • Tesouro Prefixado (vencimento em 2023): alta de 7,44% e somam retorno de 12,3% nos últimos 12 meses;
  • Tesouro IPCA+ (vencimento em 2045): baixa de 7,33%;
  • Tesouro Selic (vencimento em  2025): ganho acumulado em 3,77%.

BC intervém em falta de liquidez do Tesouro 

No última semana, o Banco Central aprovou o envio de 325 bilhões de reais ao Tesouro, após a secretaria alegar problemas com liquidez. Posteriormente à sinalização de alerta do fundo de reserva, a instituição deve promover a injeção de títulos públicos no BC. 

Conforme o Valor Investe, a autarquia visa utilizar esses papéis para absorver o excesso de dinheiro que se encontra em circulação na economia do país. 

Também, o portfólio de títulos livres do Banco Central vem sendo reduzido em razão da retirada de dinheiro injetado no mercado devido aos gastos públicos. Outro fator que motivou a injeção dos títulos foram os resgates dos papéis pelos credores do governo e pagos pelo Tesouro.