Produção industrial diminui no Brasil

#Ficaemcasa, uma das hashtag mais vista nesses últimos meses, afinal, uma das medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a contenção da pandemia é uma quarentena e distanciamento social. Bem, tudo isso você deve ter visto muito esses dias.

Mas, com a quarentena, não foi apenas o avanço do vírus que diminuiu. A produção industrial do Brasil também despencou esses meses. Contudo, nem só de má notícias estamos vivendo, teve algumas coisas muito boas para a balança comercial também.

Embora a situação atual não seja das melhores, no sentido de crescimento dos casos, há um vislumbre de um futuro melhor. Muitos países que passaram pela crise antes, já estão retornando, a bolsa de valores já começou a dar sinais de crescimento novamente. Então, que a situação atual não mine nossa esperança de um futuro melhor!

produção industrial
Fonte (Reprodução/internet)
Fonte (Reprodução/internet)

Quer saber um pouco mais sobre a queda na produção industrial do Brasil esse ano?

A produção industrial caiu, mas, menos que o esperado

Os índices não foram muito favoráveis para 22 dos 26 ramos da produção industrial brasileira. Em comparação com março, a produção de abril foi 18,8% menor e, se for comparar com abril do ano passado, a queda foi ainda mais acentuada, de 27,2% sendo mais exato.

Contudo, embora seja uma queda consideravelmente alta, não deve ser vista de forma tão negativa. Para explicar um pouco melhor a razão dessa fala, é importante você saber de um pequeno detalhe, a expectativa de economistas era de que a queda mensal fosse de 29,2% em comparação com o mês anterior e de 33,1% na base anual.

Então, embora a produção tenha caído de forma considerável, a queda foi menor do que o esperado por grande parte dos economistas.

O que caiu mais

Como foi falado ali em cima, essa queda aconteceu em 22 dos 26 ramos produtivos do Brasil, mas, nenhum deles sofreu tanto como a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias. Esse ramo apresentou uma queda de 88,5%.

Grande parte dessa queda foi consequência da parada de algumas unidades produtivas, o que só intensificou o recuo que já havia acontecido em março (28%). Essa foi a maior queda que se tem registro, pelo menos aqui no Brasil.

Outras quedas intensas

Os outros ramos produtivos que apresentaram um maior índice de queda foram os seguintes:

  • Derivados de petróleo e biocombustíveis – 18,4%;
  • Metalurgia – 28,8%;
  • Máquinas e equipamentos – 30,8%;
  • Produtos de borracha e de material plástico – 25,8;
  • Bebidas – 37,6;
  • Produtos de minerais não-metálicos – 26,4%;
  • Produtos de metal – 26,8%;
  • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos – 33,8%;
  • Outros equipamentos de transporte – 76,3%;
  • Couro, artigos para viagem e calçados – 48,8%;
  • Confecção de artigos do vestuário e acessórios – 37,5%;
  • Produtos têxteis – 38,6%;
  • Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos – 26%;
  • Outros produtos químicos – 7,3%;
  • Produtos diversos – 30,6%; e
  • Móveis – 36,7%.

De forma resumida, os indicadores apresentaram o seguinte resultado:

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas

Brasil – Abril de 2020

Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Abril 2020/

Março 2020*

Abril 2020/

Abril 2019

Acumulado

Janeiro-Abril

Acumulado nos

Últimos 12 Meses

Bens de Capital -41,5 -52,5 -15,8 -4,4
Bens Intermediários -14,8 -17,1 -4,4 -2,7
Bens de Consumo -26,1 -39,2 -13,3 -2,5
Duráveis -79,6 -85,0 -27,8 -6,4
Semiduráveis e não Duráveis -12,4 -25,2 -9,0 -1,4
Indústria Geral -18,8 -27,2 -8,2 -2,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

*Série com ajuste sazonal

Não houveram apenas quedas na economia

Contudo, embora muitos setores tenham apresentado uma queda, alguns apresentaram alta durante esses dias. Os três principais que apresentaram um crescimento foram:

  • O ramo alimentício, de 3,3%; e
  • Os ramo de farmacoquímicos e farmacêuticos, que apresentaram um crescimento de 6,6%.

Um aspecto interessante é que os ramos farmacoquímicos e o farmacêuticos haviam apresentado um recuo de 1% e de 11% no mês anterior.

Lucrando no prejuízo

Contudo, os ramos de exportação (o de soja com um destaque especial) estão dando um gás à economia brasileira. Com a alta do dólar, o lucro de quem trabalha com exportação tem crescido de forma considerável. É que mostra essa reportagem abaixo:

Então, ainda que a situação não esteja tão favorável nesses últimos meses, especialmente devido à quarentena, não devemos perder nossas esperanças e procurar focar nos lados e acontecimentos positivos .