Pfizer (PFIZ34) deve pedir registro de vacina à Anvisa ainda este ano

Na última segunda-feira (9), um porta-voz da farmacêutica Pfizer (PFIZ34) afirmou que o governo Bolsonaro está em negociações para comprar a vacina contra coronavírus desenvolvida em parceria com a BioNTech (B1NT34). 

Especula-se que até o final de 2020, a companhia deve pedir registro à Anvisa para solicitar o uso emergencial da vacina BNT 162b2 no Brasil. Em comunicado feito ontem, a Pfizer (PFIZ34) declarou que a análise preliminar do estudo fase 3 demonstrou que sua vacina é mais de 90% eficaz.

Apesar da vacina ainda não ter sido liberada, as farmacêuticas já produziram 100 milhões de doses do imunizante. De acordo com as empresas, a produção será de 100 milhões por mês a partir do ano que vem. 

Pfizer (PFIZ34) deve pedir registro de vacina à Anvisa ainda este ano
Fonte: (Reprodução/Internet)

Leia mais: Ações da AstraZeneca caem após morte de voluntário da vacina contra coronavírus no Brasil.

Pfizer (PFIZ34) negocia liberação da vacina com o governo 

Também, a Pfizer (PFIZ34) informou que a companhia e o governo brasileiro estão discutindo sobre uma possível venda da vacina no país. Entretanto, ainda que a comercialização do imunizante seja liberada, a administração ainda poderá ter empecilhos quanto à logística de distribuição das doses.

Conforme especialistas consultados pelo Estadão, para a devida conservação da vacina será necessário o armazenamento do produto em temperaturas suficientemente baixas o que pode ser um fator que dificulte a operação.

“A fase 3 de testagem é a fase de pré-licenciamento, com um grande número de participantes e dados de maior robustez; é nessa fase que muitas vacinas promissoras são abandonadas”, explicou o coordenador da vacina contra Covid da Pfizer (PFIZ34) no Brasil, o médico infectologista Edson Moreira. 

O infectologista afirmou que até o final deste mês a farmacêutica irá submeter os dados de eficácia detalhados à Anvisa e, diante da gravidade da pandemia, pedir a aprovação para uso e distribuição em caráter emergencial.

Brasil pode enfrentar problemas na distribuição da vacina 

Segundo os especialistas, o maior desafio para a distribuição da vacina contra Covdi-19 no Brasil é a temperatura de armazenamento que precisa ser de 70 graus Celsius. A Pfizer (PFIZ34) declarou que está analisando alternativas para vencer esta questão.

O médico e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Kfouri, afirmou que a temperatura para a conservação do imunizante é o que inviabiliza a distribuição do produto no país, já que o Brasil não conta com armazenamento e transporte de frio.