Petróleo tem maior alta desde março na expectativa por vacina

Nesta terça-feira (24), o petróleo atingiu seu maior nível desde março subindo para US$ 47 o barril impulsionado por outra vacina promissora contra o coronavírus.

A AstraZeneca (A1ZN34) informou que sua vacina contra Covid-19 foi 70% eficaz nos testes e pode ser até 90% eficaz. Outras farmacêuticas como Pfizer (PFIZ34), BioNTech (B1NT34) e Moderna (M1RN34) também divulgaram dados sobre seus imunizantes.

A notícia estimula as esperanças de uma recuperação mais rápida para o crescimento econômico e para demanda por petróleo no próximo ano.

Petróleo tem maior alta desde março na expectativa por vacina
Fonte: (Reprodução/Internet)

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Petróleo Brent e WTI saltam 0,7%

Após o pronunciamento da AstraZeneca, o petróleo Brent saltou 0,7%, para US$ 46,37 o barril. O preço ficou pouco atrás dos US$ 46,72 registrador em 6 de março.

Este é o maior valor de Brent desde a guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, quando a demanda estava começando a cair devido à pandemia do coronavírus, o que fez os preços despencarem.

Ainda, o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) também registrou ganho de 0,7%, para US$ 43,38. Ambos os benchmarks fecharam em cerca de 2% na segunda-feira, depois de ganhar cerca de 5% na semana passada.

“A luta contra o coronavírus está se intensificando e provando ter cada vez mais sucesso. As estimativas de demanda de petróleo do próximo ano devem ser alteradas para cima”, disse Tamas Varga, da corretora PVM.

Cenário nos EUA favorece commoditie

Também apoiando o petróleo e os mercados financeiros mais amplos, o presidente dos EUA, Donald Trump, aceitou que as autoridades prosseguissem com a transição para o governo de Joe Biden.

Conforme o especialista Jeffrey Halley, OANDA, com a presidência de Biden considerada mais favorável ao comércio internacional os benchmarks presumiram que a demanda por combustível em 2021 aumentará novamente.

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OPEP+ pode prorrogar corte na produção

As expectativas de que os estoques de petróleo dos EUA caíram na semana passada também adicionaram suporte. Espera-se que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) prorrogue os cortes da produção de petróleo até 2021.

A decisão será tomada nas reuniões que ocorreram entre 30 de novembro a 30 de dezembro. No início da pandemia, o grupo concordou em registrar cortes na produção para sustentar os preços.

Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.

Fonte: Reuters.