Petróleo sobe mais de 8% na esperança pela vacina contra Covid-19

O petróleo subiu 8,5% nesta segunda-feira (9), colocando-o no caminho para seu maior ganho diário em mais de seis meses, depois que a Pfizer anunciou resultados otimistas para sua vacina COVID-19, valorizando os ativos de risco globais.

A farmacêutica americana afirmou que sua vacina experimental foi mais de 90% eficaz na prevenção contra o novo vírus, com base em dados iniciais de um grande estudo, uma vitória na batalha contra uma pandemia que forçou restrições em todo o mundo e levou a uma queda no combustível.

Conforme análise do especialista Jim Ritterbusch, da Ritterbusch and Associates em Houston, o complexo petrolífero está se juntando à euforia altista das manchetes otimistas de vacinas de hoje, bem como aos resultados das eleições do fim de semana, acompanhando as ações em alta.

Petróleo sobe mais de 8% na esperança pela vacina contra Covid-19
Fonte: (Reprodução/Internet)

Leia mais: Vacina contra o coronavírus é mais de 90% eficaz, afirmam Pfizer e BioNTech.

Petróleo dispara nos principais contratos internacionais

Após a divulgação da análise preliminar dos estudos Fase 3 da vacina contra Covid-19, o petróleo Brent subiu 7,9%, a US$ 42,56 o barril, enquanto o petróleo US West Texas Intermediate (WTOI) saltou 8,5%, para US$ 40,29 o barril.

Ambos os contratos subiram mais de US$ 4 no início da sessão e negociaram mais de 120% dos volumes da última negociação. Enquanto isso, a Arábia Saudita declarou que um acordo OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) para a produção de petróleo poderia ser ajustado para equilibrar o mercado.

Segundo o ministro da energia do país, o príncipe Abdulaziz bin Salman, o acordo da OPEP+ sobre os cortes na produção de petróleo poderia ser reduzido caso ocorra um consenso entre os membros do grupo, aumentando a perspectiva de oferta mais restrita e preços mais altos do petróleo.

Atualmente, a organização, a Rússia e outros produtores estão cortando 7,7 milhões de barris por dia. Os exportadores do óleo estão considerando diminuir esses cortes para 5,7 milhões de barris a partir de janeiro. Se a OPEP+ mantiver as atuais restrições à produção, isso restringirá a oferta e levará a preços mais altos.

OPEP teme concorrência no mercado de combustível

Ainda, os membros-chave da OPEP estão preocupados com as medidas de relaxamento do presidente eleito Joe Biden sobre o Irã e a Venezuela, o que poderia significar um aumento na produção de petróleo que tornaria mais difícil equilibrar a oferta com a demanda.

“Embora a presidência de Biden aumente a probabilidade de o fornecimento de petróleo iraniano retornar ao mercado, isso não é algo que acontecerá da noite para o dia, e ainda acreditamos que é mais provável que seja o fim do evento 2021/2022”, disse o ING, instituição financeira europeia, em uma nota.

Traduzido e adaptador por Equipe Folha Capital.

Fonte: CNBC News.