Na quarta-feira (2), a empresa de produtos farmacêuticos Pague Menos (PGMN3) estreou na Bolsa de Valores brasileira indicando fortes ganhos no pregão. Os papéis foram vendidos a pouco mais de R$ 10.
No final de agosto, após aprovação da assembleia geral da companhia, foi realizado o pedido de registro de oferta pública inicial (IPO), abrangendo distribuição primária e secundária de ações ordinárias.
No prospecto preliminar, a marca informou que pretendia captar mais de R$ 1 bilhão, bem como vender inicialmente quase 88 mil papéis. Além disso, a operação poderia contar com acréscimo de lote suplementar de 13.181.019 ações.
Veja mais detalhes sobre a primeira venda de ações da rede farmacêutica na B3 (B3SA3).
Ações da Pague Menos (PGMN3) saltam mais de 20%
Durante a estreia na B3, as ações da Pague Menos (PGMN3) encerraram o pregão com alta de 21,18%, a R$ 10,30 após atingir máxima de 28,82%, a R$ 10,95. Já o volume financeiro movimentado alcançou a marca de R$ 150, 8 milhões.
O valor dos papéis negociados foram superior ao anunciado em precificação anterior que foi de R$ 8,50 no pedido de abertura de capital. Já a quantidade de ativos vendidos foi de 101.054.482 em um único dia, registrando levantamento de R$ 859 milhões.
A empresa aproveitou sua participação no mercado brasileiro, para listar suas ações na Bolsa de Valores. Hoje, a Pague Menos (PGMN3) está na terceira posição das maiores redes de farmácias do país, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (ABRAFARMA).
No total, a marca possui mais de 1.100 unidades no Brasil, 820 postos de atendimento do Clinic Farma e mais de 20 mil funcionários.
A empresa tem registros sólidos?
Para os investidores ou interessados, uma das estratégias mais prudentes para investir em ações de uma determinada empresa é avaliar o seu histórico financeiro. Em 2019, a marca apresentou queda de lucros e alta da receita, no entanto, o lucro Ebitda ficou praticamente estagnado.
- Lucro líquido: R$ 23,8 milhões, ante R$ 47,9 milhões em 2018;
- Receita bruta: R$ 6,79 bilhões, contra R$ 6,59 bilhões no ano anterior;
- Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda): R$ 259 milhões, ante R$ 241,6 milhões em 2018.
Com o lucro Ebitda menor que 4%, alguns gestores consideram os registros não tão sólidos e o investimento arriscado. A leitura feita é que a estratégia de precificar os papéis abaixo da faixa atraiu o público, apesar do desempenho tímido obtido no ano passado.