Os melhores e os piores desempenhos das empresas no segundo trimestre

Recentemente, os analistas da XP Investimentos (NASDAQ: XP) fizeram avaliação técnica com base nos relatórios divulgados pelas companhias e selecionaram os melhores e os piores desempenhos das empresas entre os meses de abril e junho. 

O segundo trimestre foi desafiador para muitas companhias tendo em vista que o período foi o mais afetado pela pandemia e pelas medidas de isolamento social que precisaram ser adotadas no combate à Covid-19. 

Os especialistas vieram se mostrando pouco otimistas com o mercado apegando-se ao fato de que o Brasil passaria por uma recuperação lenta na economia. Com isso, entende-se que os níveis pré coronavírus podem tardar a reaparecerem. 

Os melhores e os piores desempenhos das empresas no segundo trimestre
Fonte: (Reprodução/Internet)

Veja quais empresas se destacaram no trimestre temeroso pelo mercado 

Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) são destaques em desempenho 

A mineradora brasileira Vale (VALE3) e as siderúrgicas CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) foram destaques em desempenho no segundo trimestre. O faturamento das companhias foi impulsionado pela retomada dos preços do minério de ferro e pelo reaquecimento da demanda.

  • Vale (VALE3): reverteu prejuízo de US$ 133 milhões de dólares em lucro de US$ 995 milhões;
  • CSN (CSNA3): lucro líquido de R$445 milhões, contra prejuízo de R$ 1,3 bilhão em 2019;
  • Gerdau (GGBR4): lucro Ebitda de R$1,32 bilhão.

Klabin (LBN4) e Suzano (SUZB3) impulsionadas pelo mercado chinês

As empresas de papel e celulose mostraram recuperação mais rápida que as companhias de outras atuações. Com isso, o desempenho da Klabin (LBN4) e Suzano (SUZB3) foi impactado positivamente puxado principalmente pelo retorno da procura do mercado chinês pelos recursos. 

Ainda, o aumento de vendas e a alta nos preços em razão da volatilidade do Dólar também influenciaram na recuperação dos lucros das companhias. 

  • Klabin (LBN4): lucro Ebitda de R$ 1,333 bilhão;
  • Suzano (SUZB3): lucro Ebitda de R$ 4,2 bilhões.

Empresas beneficiadas pelas exportações

Os frigoríficos JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) indicaram desempenho sólido nos relatórios financeiros superando as expectativas dos especialistas do mercado que já eram otimistas. 

As exportações de carnes mostraram sinais de recuperação após a retomada da economia favorecendo as empresas que atuam neste ramo.  

  • JBS (JBSS3): receita de R$ 67,6 bilhões, alta de 32,9% na comparação anual;
  • Marfrig (MRFG3): lucro líquido de R$ 1,6 bilhão.

Via Varejo (VVAR3) e Magazine Luiza (MGLU3) são destaques no e-commerce 

As empresas que atuam no comércio online de um modo geral performaram positivamente em meio à crise do coronavírus. 

Os destaques no e-commerce ficaram com a Via Varejo (VVAR3) e o Magazine Luiza (MGLU3) que apesar de indicarem prejuízo ajustado ou recorrente, apontaram aumento significativo no volume de vendas online. 

  • Via Varejo (VVAR3): crescimento de 280%
  • Magazine Luiza (MGLU3): alta de 181,9%, superando a rival nas vendas totais, incluindo negociações nas lojas físicas.

Piores desempenhos no segundo trimestre

Os bancos também que entram para a lista de piores desempenhos no segundo trimestre, estão nela em razão do desembolso de provisões como forma de proteção às inadimplências de clientes. 

  • Azul (AZUL4): prejuízo líquido de R$ 2,9 bilhões;
  • Gol (GOLL4): prejuízo líquido de R$ 1,994 bilhão;
  • Cogna (COGN3): déficit de R$ 454,7 milhões;
  • Cielo (CIEL3): prejuízo líquido de R$ 5,2 milhões.

Os lucros do Banco do Brasil (BBAS3), Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) juntos recuaram 37% neste entre abril e junho. As perdas originadas pelas provisões somam aproximadamente 30 bilhões de reais.