NYSE: Presidente da Bolsa fala sobre IPO de empresas chinesas

Nesta quarta-feira (11), o presidente da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), Stacey Cunningham, em exclusividade à CNBC, afirmou que está observando a demanda de empresas chinesas por oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) nos EUA, apesar das preocupações com as regulam altamente relatadas.

As relações entre Washington e Pequim tornaram-se cada vez mais turbulentas nos últimos anos, com o governo do presidente Donald Trump pressionando para reduzir os laços financeiros do país com a segunda maior economia do mundo.

Mesmo com essa tensão entre os governos, o executivo afirmou que a NYSE continua vendo a demanda de empresas chinesas por listagens no mercado de ações dos EUA crescerem este ano.

NYSE: Presidente da Bolsa fala sobre IPO de empresas chinesas
Fonte: (Reprodução/Internet)

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NYSE visa proteção dos investidores em ações

De acordo com o presidente da Bolsa norte-americana, independente das restrições do governo Trump sobre as companhias chinesas o que é realmente importante é a certeza de que a NYSE está definindo adequadamente uma estrutura que mantenha os investidores protegidos.

“Continuamos a ver a procura de investidores por empresas chinesas nos EUA e ainda não vimos essa mudança, apesar de se falar muito sobre comércio e supervisão, por isso estamos a trabalhar de forma construtiva e estamos otimistas de que seremos capazes de encontrar uma maneira de realmente melhorar o nível de proteção que existe nas empresas aqui nos EUA”, disse Stacey Cunningham.

Metade das ofertas públicas iniciais internacionais nos EUA nos primeiros nove meses do ano veio da China, de acordo com a Ernst & Young, apesar da legislação do Senado em maio que poderia retirar várias empresas chinesas das bolsas americanas.

IPO do Ant Group é alvo de comentários

As preocupações regulatórias em torno das listagens chinesas voltaram aos olhos do público na semana passada, após a suspensão de última hora do recorde do IPO de US$ 34,5 bilhões do Ant Group em Hong Kong e Xangai.

A Bolsa de Valores de Xangai afirmou que o Ant Group relatou questões significativas, como as mudanças no ambiente regulatório da tecnologia financeira. Segundo Cunningham, sem comentar o caso, declarou que ocorreu muito diálogo sobre como as empresas chinesas se listam aqui nos EUA bem como o que Xangai e Hong Kong estão fazendo a respeito.

O executivo enfatizou a importância de reter a profundidade e a liquidez oferecidas pelo mercado dos EUA, equilibrando a supervisão de auditoria e outras proteções ao investidor com o acesso, e não encorajando outras empresas a ir para outros mercados globais.

Traduzido e adaptado por Equipe Folha Capital.

Fonte: CNBC News.