Mercado financeiro: conheça as previsões para 2021

O mercado financeiro vivenciou um dos anos mais atípicos da história em razão da pandemia do coronavírus. A crise ensinou muita sobre vida financeira e a importância de ter o controle dos gastos e economias.

Além disso, o universo dos investimentos esteve sob os holofotes nos últimos meses indo contra o conservadorismo de alguns brasileiros quanto às finanças. Com tudo isso, alguns fatores rondam o mercado em 2021. 

Portanto, é válido avaliar o que os especialistas esperam de um ano que indica manter a instabilidade e a volatilidade das ações. Ainda, especula-se a permanência de certos riscos e a reverberação dos impactos da Covid-19, ainda que menores, na economia.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

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Mercado seguirá de olho na vacina 

Para 2021, as notícias sobre as vacinas contra Covid-19 seguirão como o principal assunto. Afinal, é a liberação do imunizante no país e no mundo que irá determinar o retorno ou não à normalidade. 

Alguns ramos do mercado como viagens e eventos ainda continuam sentindo o prejuízo da pandemia, já que permanecem operando com restrições. Além disso, a redução do desemprego no país também dependerá desse aval. 

Segundo o gestor da Versa, Luiz Alves, a estimativa é que as medidas de política monetária estimulem ainda mais a retomada da economia. O especialista afirmou estar otimista com a reação econômica. 

Recuperação do mercado de trabalho

Luiz Alves destacou que o mercado de trabalho mostrou-se melhor no final do ano passado. Prova disso é que, conforme o Ministério da Economia, em outubro foram abertas 394.989 vagas de emprego com carteira assinada. 

Bolsa de valores deve ter ano favorável

A Verde Asset Management declarou que a projeção é positiva para a Bolsa de valores durante este ano. Segundo a avaliação da instituição, os prejuízos da Covid-19 não alcançaram o valor de mercado das companhias a longo prazo. 

Embora o ano de 2020 tenha sido de pressão para mercado de ações, o que resultou numa volatilidade acima da média, os especialistas acreditam que a bolsa tenha mais benefícios do que prejuízos este ano.

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De acordo com a Versa, as ações de construção civil e de varejo serão suas grandes apostas, pois acreditam que esses setores se recuperarão mais rápido. A maioria das empresas já voltaram aos preços de antes da crise, mas algumas companhias operam abaixo de seus valores. 

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Excesso de liquidez no mercado

Ainda, analistas apontam que este será de alta liquidez no mercado internacional o que irá refletir também no mercado doméstico. Isto porque os bancos centrais ao redor do mundo iniciaram uma série de injeção de capital desde o início da pandemia. 

Esse movimento tende a favorecer o Brasil já que será destino de capital estrangeiro. Porém, Hudson Bessa, professor da FGV, destaca que isso só será possível se o Brasil não cometer erros. 

Para o diretor de investimento da Chess Capital, Vicente Zuffo, a liquidez extraordinária irá impulsionar a valorização das Bolsas de valores dos EUA. Consequentemente, esse desempenho irá resultar em eventuais altas nas ações brasileiras. 

Alerta à inflação 

Apesar dos benefícios no mercado de ações do país, Zuffo destaca que a supervalorização das ações americanas poderá desencadear aumento da inflação. Logo, para o especialista, desse risco o Brasil não conseguirá se livrar. 

Reformas e teto de gastos continuarão em foco 

Segundo o professor Hudson Bessa, as reformas ainda terão a atenção dos investidores. Para ele, as medidas de controle de gastos como a PEC Emergencial serão importantes para equilibrar a dívida pública e administrar as despesas obrigatórias. 

Ainda tem o teto de gastos que gerou tensão no ano passado. Bessa afirmou que se esse limite não for respeitado, as despesas sairão do controle o que irá impactar negativamente a inflação e o Dólar. Entretanto, segundo o profissional, este cenário é o menos provável.

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