Mercado de IA pode chegar a US$ 36 bilhões

O mercado global de inteligência artificial (IA) deve crescer a uma taxa anual de 57% entre 2017 e 2025 em um mercado de US$ 36 bilhões, de acordo com a Grand View Research. Mas pesquisadores não gostam quando lhes pedem para nomear os principais laboratórios de IA do mundo.

Possivelmente porque é uma questão muito difícil de responder. Existem alguns concorrentes óbvios. As big techs Google (GOOGL), Facebook (FB), Amazon (AMZN), Apple (AAPL) e Microsoft (MSFT) montaram laboratórios de IA dedicados na última década. 

Além dessas já gigantescas companhias, há também a DeepMind, que pertence à empresa-mãe do Google, Alphabet (GOOGL), e a OpenAI, que conta com Elon Musk como o investidor fundador.

Mercado de IA pode chegar a US$ 36 bilhões
Fonte: (Reprodução/Internet)

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DeepMind, OpenAI e FAIR podem liderar disputa

Quando solicitado a escolher seus destaques nas empresas de IA, o professor associado da Georgia Tech School of Interactive Computing, Mark Riedl, começou dizendo: “Uau, odeio essa pergunta”.

Ele disse que, se for para levar em consideração a reputação da própria empresa, há um bom argumento para dizer que a DeepMind, OpenAI e a FAIR, que é o braço de pesquisa de IA do Facebook (FB), ocupam as três primeiras posições.

O investidor de IA Nathan Benaich, concorda. O Google Brain e a Microsoft (MSFT) poderiam ser incluídos nas primeiras posições, disse Benaich, antes de acrescentar que acreditava que a Amazon (AMZN) e a IBM (IBM) não estavam na mesma liga quando se trata de resultados e impacto de pesquisa de IA.

IBM (IBM) e outras não fazem tanto alarde

Outro especialista em IA, que pediu para permanecer anônimo porque não tinha a aprovação de sua empresa para falar publicamente, disse que a DeepMind, OpenAI e FAIR eram provavelmente os três principais laboratórios de pesquisa de IA pura em termos de financiamento conhecido. 

Enquanto isso, a IBM (IBM) empurra lança mais patentes. Segundo ele, o problema fica nos desconhecidos, que são como os Baidus (BIDU) e Tencents (0700) do mundo, disse ele em referência aos gigantes chineses da tecnologia.

DeepMind e OpenAI recebem bilhões em investimento

A Alphabet (GOOGL) dá à DeepMind centenas de milhões de dólares por ano para realizar seu trabalho, enquanto a Microsoft (MSFT) investiu US$ 1 bilhão na OpenAI além dos US$ 1 bilhão que os investidores fundadores contribuíram. O financiamento da FAIR é menos claro porque o Facebook (FB) não o divide.

A DeepMind é mais conhecida por seu AlphaGo AI, que enfrentou e derrotou os melhores jogadores humanos do mundo no antigo jogo de tabuleiro chinês Go. Há até um documentário da Netflix (NFLX) sobre a vitória de AlphaGo sobre a lenda sul-coreana do Go Lee Sedol. 

A empresa agora está tentando se concentrar no uso de IA para resolver os maiores problemas científicos da humanidade e teve um avanço no final do ano passado em um campo biológico conhecido como enovelamento de proteínas.

A OpenAI também desenvolveu um software de IA para jogos que pode vencer humanos em jogos como Dota II. No entanto, ele provavelmente recebeu mais atenção da imprensa por seu gerador de texto de IA GPT-3 e seu peculiar gerador de imagem de IA Dall-E.

Google (GOOGL) sai ganhando em artigos publicados

A FAIR, entretanto, não tem um AI tão famoso como AlphaGo ou GPT-3. Mas sua equipe publicou trabalhos acadêmicos em áreas que são de interesse do Facebook (FB), incluindo visão computacional, processamento de linguagem natural e IA de conversação.

Uma forma de medir o impacto de um laboratório de IA é observar quantos artigos acadêmicos ele publica nas duas maiores conferências de IA, que são o NeurIPS e ICML.

Em 2020, o Google (GOOGL) teve 178 artigos aceitos e publicados no NeurIPS, enquanto a Microsft (MSFT) teve 95, DeepMind teve 59, Facebook (FB) teve 58 e IBM (IBM) teve 38. A Amazon (AMZN) teve menos de 30.

Nesse mesmo ano no ICML, o Google (GOOGL) teve 114 artigos aceitos e publicados, enquanto o DeepMind teve 51, a Microsoft (MSFT) ficou com 49, o Facebook (FB) 34, a IBM (IBM) caiu para 19 e a Amazon (AMZN) contou com 18 artigos.

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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.

Fontes: CNBC e MotleyFool.