Ibovespa (IBOV) recua puxado por fala de Trump e preços do petróleo

Nesta terça-feira (8), após o feriado do Dia da Independência, o mercado de ações brasileiro retorna às atividades com Ibovespa (IBOV) operando em baixa puxado pelo pessimismo no exterior. 

Um dos fatores que impactou as Bolsas mundiais foi a fala de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, sobre futuro da economia do país. O republicano chegou mencionar um possível rompimento de relação comercial dos EUA com a China. 

Para completar o cenário desfavorável, os preços do petróleo desabaram mais de 8% após a Arábia Saudita reduzir os valores de venda da commoditie negociada com importadores asiáticos. 

Ibovespa (IBOV) recua puxado por fala de Trump e preços do petróleo
Fonte: (Reprodução/Internet)

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Ibovespa (IBOV) segue baixa do exterior

O Ibovespa (IBOV) seguiu o desempenho negativo do exterior com investidores desesperançosos com uma possível trégua entre EUA e China. No mercado americano, os principais índices das Bolsas acumularam queda de 15% encabeçada pelo recuo de ações de tecnologia. 

  • IBOV: -1,18%, aos 100.050,43 pontos às 17:18;
  • Dólar comercial: alta de 1,07%, a R$ 5,362 (compra) e a R$ 5,364 (venda);
  • Dólar futuro (outubro): avanço de 0,92%, a R$ 5,353.

A forte queda dos preços do petróleo também influenciaram negativamente o mercado de ações. O desempenho preocupou o público que espera pela recuperação da demanda no segundo bimestre deste ano. 

  • Petróleo WTI: baixa de 7,6%, a US$ 36,76%;
  • Petróleo Brent: recuou de 5,3%, a US$ 39,78. 

Mercado observa afastamento de Guedes

Além do desânimo internacional, o cenário doméstico também não teve boas notícias. Segundo a Folha de S.Paulo o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria decidido se afastar das negociações sobre as reformas encaminhadas por ele ao Congresso Nacional. 

Ibovespa (IBOV) recua puxado por fala de Trump e preços do petróleo
Fonte: (Reprodução/Internet)

De acordo com a fonte, essa tarefa deverá ser cumprida pela divisão de política do governo Bolsonaro. Além disso, o mercado segue de olho nos desentendimentos entre Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e Guedes sobre medidas do Ministério da Economia.

Investidores pessimistas com PIB brasileiro

No combo de fatores desestimulantes para o mercado, o Banco Central divulgou o Relatório Focus com projeção para Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil indicando maior retração para a economia do país. 

Conforme previsão dos especialistas, o PIB brasileiro poderá cair 5,31% em 2020, contra retração de 5,28% divulgada semana passada. Enquanto para 2021, a projeção é de crescimento de 3,5%.

Previsão para Taxa Selic, Dólar e IPCA

  • Taxa Selic: 2% ao ano para 2020 e 2,88% a.a para 2021;
  • Cotação do Dólar: R$ 5,25 em 2020 e R$ 5,00 no ano que vem. 

Já a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 1,77% para 1,78% neste ano. Para 2021, os economistas mantiveram o IPCA com percentual de 3%.