Hoje (3), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 7,7% no terceiro trimestre.
Com o percentual, o país sai da recessão técnica termo atribuído às economias que registram queda do PIB por dois trimestres seguidos.
Apesar do crescimento entre os meses de julho e setembro, o percentual ainda está longe da recuperação total da pandemia do coronavírus. Segundo o IBGE, o país registrou R$ 1,891 trilhão em valor corrente do PIB.
PIB do Brasil reverte parcialmente as perdas
Consoante aos dados divulgados o PIB do país encontra-se no mesmo nível registrado em 2017, e soma perda de 5% referente aos meses de janeiro a setembro.
O crescimento de 7,7% é o maior salto desde 1996 e indica recuperação parcial dos impactos do vírus na economia. No entanto, ainda é insuficiente para conter os prejuízos da crise durante esses nove meses.
De acordo com levantamento do Valor Econômico, a projeção para o trimestre era um salto de 8,8% na comparação entre abril a junho.
- PIB (1º trimestre): -1,5%;
- PIB (2º trimestre): – 9,6%.
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Agropecuária e outros setores são destaques
Rebeca Palis, coordenadora de contas nacionais do IBGE, declarou que o setor agropecuário é uma das divisões que está avançando este ano impulsionada pela produção de soja.
Por outro lado, os serviços e a indústria apresentam queda de 5,3% e 5,1%, respectivamente. Neste cenário, a indústria de transformação retomou o crescimento e voltou ao patamar do primeiro trimestre após cair 19,1%.
- Indústria de transformação: +23,7%.
O comércio também foi outra divisão que registrou recuperação, com salto de 15,9%, depois de protagonizar retração de 13,7% no segundo trimestre.
Estimativas para o quarto trimestre
Apesar do salto do PIB brasileiro ter superado países como EUA, China e Japão, a previsão é de um ritmo mais lento no último trimestre do ano puxado pela diminuição e fim de alguns estímulos financeiros.
Anteriormente, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que a retomada do crescimento da economia do país seria em “V” o que equivale a uma queda econômica acentuada, seguida por uma forte recuperação.
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