A Delta Air Lines (DAL) perdeu uma média de US$ 12 milhões por dia no quarto trimestre, mas continua no caminho certo para interromper a queima de caixa na primavera, disse a companhia aérea em comunicado.
O CEO da Delta Air Lines (DAL), Ed Bastian, espera que 2021 seja o ano da recuperação, depois que a pandemia de coronavírus reduziu a receita operacional da companhia aérea em 64% e gerou seu primeiro prejuízo anual em 11 anos.
A força da recuperação dependerá de fatores como o ritmo do lançamento de vacinas e o apetite das pessoas por voar, após um ano que praticamente paralisou as viagens globais.
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CEO diz que viagens devem aumentar após junho
No primeiro trimestre, a Delta (DAL) espera que a receita caia até 65% em relação a 2020 e que sua capacidade de voos programados diminua 35%. Como continua bloqueando assentos intermediários pelo menos até 30 de março, ela espera que a capacidade real que vende caia em torno de 55%.
Bastian afirmou que quando a demanda por viagens aéreas aumentar novamente devido à volta da confiança, isso será a indicação para que a Delta (DAL) recomece a vender esses assentos intermediários interditados.
As viagens de negócios também devem voltar a aumentar na segunda metade do ano, mas provavelmente permanecerão mudas por um período de tempo, disse ele.
“Não prevemos que no verão as viagens estarão de volta a qualquer lugar perto de onde estavam antes, mas será uma melhoria significativa, suficiente para ser capaz de gerar lucratividade para nós na segunda metade do ano”, disse Bastian.
Delta (DAL) espera até US$ 19 bilhões em liquidez
A recuperação das viagens internacionais, que foi duramente atingida pela proibição de viagens, levará pelo menos mais um ano para se recuperar, e Bastian disse que a companhia aérea continuará a queimar de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões por dia no primeiro trimestre.
O órgão global da indústria aérea, IATA, acredita que um retorno ao fluxo de caixa positivo para o setor pode não acontecer este ano, uma vez que o ressurgimento dos bloqueios eliminou um frágil aumento nas reservas, de acordo com o economista-chefe do orgão, Brian Pearce, na quinta-feira.
A Delta (DAL) espera ter US$ 18 bilhões a US$ 19 bilhões de liquidez até o final de março, incluindo US$ 3 bilhões adicionais em apoio à folha de pagamento do governo, enquanto carrega cerca de US$ 18 bilhões em dívida líquida.
A companhia aérea dos Estados Unidos tinha alcançado por volta de US$ 16,7 bilhões em liquidez em 2020, após lograr êxito em uma série de aumentos de capital.
Primeira perda anual da empresa desde 2009
A Delta (DAL), a primeira companhia aérea dos EUA a postar resultados de 2020, relatou um prejuízo de US$ 12,4 bilhões, seu primeiro desde 2009, sobre uma receita operacional de US$ 17 bilhões. Ela registrou um lucro de US$ 4,8 bilhões um ano antes.
A companhia perdeu US$ 755 milhões no quarto trimestre, ou US$ 1,19 por ação. O prejuízo ajustado por ação foi de US$ 2,53, contra estimativas de analistas de US$ 2,51. As ações da Delta (DAL) saltaram 2,2% no pré-mercado após os resultados.
Delta (DAL) cortou custos para se manter
A Delta (DAL) registrou US$ 1 bilhão em encargos relacionados à Covid-19 no trimestre, embora o total de despesas operacionais ajustadas tenha caído em US$ 4,6 bilhões, ou 47%, em menores custos de combustível, manutenção e salários.
A Delta (DAL) evitou licenças, mas disse que quase 18 mil funcionários, ou 20% de sua força de trabalho, decidiram deixar a empresa em 2020. A empresa espera retirar cerca de 400 jatos até 2025, pois simplifica sua frota para nove famílias de aeronaves.
Ela não pretende dispensar nenhum funcionário assim que o segundo turno de apoio à folha de pagamento do governo para as companhias aéreas terminar em março.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
