Confira opções rentáveis de investimentos para o segundo semestre de 2020

O ano de 2020 era aguardado por muitos investidores nacionais e do exterior que investem capital no país. Isso, graças a antiga previsão de crescimento na infraestrutura, conclusão das reformas tributárias e possível avanço econômico.

A expectativa era de que esses fatores iriam apimentar o rali de ações, colocando o Brasil em destaque no mercado financeiro. No entanto, a expectativa foi frustrada com o surgimento da pandemia, que acabou minando os rendimentos de muita gente.

O mês de março marcou um dos piores momentos da economia mundial, o que causou insegurança nos investidores do mercado de ativos. Com a retomada das atividades no final do primeiro semestre, a esperança é que nos próximos meses o mercado apresente mais opções com bons rendimentos.

Confira opções rentáveis de investimentos para o segundo semestre de 2020
Fonte: (Reprodução/Internet)

Veja uma breve retrospectiva de investimentos que apresentaram mais rentabilidades no primeiro semestre, e quais as alternativas oferecerão maior retorno financeiro para os gestores de ativos entre julho e dezembro deste ano.

Ativos de proteção à carteira têm o melhor desempenho

O primeiro semestre foi de grandes emoções para o público de investidores não só do Brasil, mas do mundo. Algumas opções de aplicação de capital não operaram muito bem, o que já era esperado diante do cenário de crise global.

As ações brasileiras, especificamente, tiveram grandes perdas diante da desvalorização do real em 36% frente às inúmeras altas do dólar, além dos impasses políticos e atraso de reformas fiscais no país.

Por outro lado, os americanos registram valorização em ações das gigantes de tecnologia, conforme indicado pelos índices da Nasdaq (NDX), que apontaram ganhos de 12,1%, enquanto o Ibovespa (IBOV) teve baixa de 17,80%

Com este resultado, os ativos americanos mostraram-se mais rentáveis nos seis primeiros meses de 2020. Então, o público que aplicou o capital em moeda americana e no ouro, com cotação em dólar, tiveram bons rendimentos já que a rentabilidade foi de 35,86% e 17,12%, respectivamente.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Uma modalidade não tão convencional ultrapassou os ativos de proteção à carteira, o temido Bitcoin (BTCUSD). A criptomoeda no real apresentou o excelente retorno financeiro de 72,99% só no primeiro semestre.

Opções com menos lucros

Os queridinhos dos público conservador performaram em baixa entre março e junho, com lucratividade significativamente inferior às opções citadas anteriormente. Os títulos públicos tiveram rentabilidade de 3,86% a 6,74% e a poupança, 3,4%.

Os fundos imobiliários fecharam com índices negativos neste período, com desvalorização de 12,24%. Nota-se que as aplicações mais seguras aderidas pelos brasileiros foram as que mais perderam depois do Ibovespa (IBOV), que teve baixa de quase 18%.

Dentro das ações brasileiras que mais sofreram desvalorização está a assegurado IRB, que teve o pior índice, com prejuízo de 71,76% em seus papéis, seguida da companhia aérea Azul, 65,49% e a agência de turismo CVC (CVCB3), 58,58%, de acordo com dados do InfoMoney.

Previsão para o segundo semestre

Para este segundo semestre, as previsões são um pouco melhores para os ativos que são considerados menos arriscados pelos analistas financeiros. Os fundos imobiliários, por exemplo, tem previsão de crescer cerca de 10% nos próximos seis meses.

Este resultado é devido às taxas e juros baixos registrados, os quais devem continuar no restante do ano. Apesar da desvalorização no primeiro e segundo trimestre, os fundos de investimentos imobiliários, hoje, apresentam rendimentos de 6,15% ao ano.

Outra opção para os especialistas é o Tesouro IPCA que irá mostrar melhor rentabilidade quando comparado ao CDI e títulos da Selic. Os papéis do tesouro com vencimento para 2055, indicam retorno financeiro de 3,96% aos seus compradores.

Ações com maior rentabilidade

Agora, quando o assunto é ações, algumas companhias vinculadas ao comércio virtual mostraram grande valorização até então. Os índices de lucratividade são: Magazine Luiza, 68,85%; Lojas Americanas (LAME4), 35,76% e B2W, 91,28%. Todas elas mostram bom desempenho, operando de forma isolada das perdas do Ibovespa (IBOV).

Ainda, no grupo de exceção aos ativos de exposição ao mercado americano está o Sinergia com ganhos de 23,80% e o Via Varejo (VVAR3), 37% . Este último teve seus ativos operando em crescimento com a inserção da marca no e-commerce, o que levou forte valorização à empresa.