PhonePe, a unidade de pagamentos digitais do Flipkart, braço indiano de comércio eletrônico do Walmart (WMT), disse na quinta-feira (3) que venderia uma participação para investidores existentes por US$ 700 milhões.
Esta manobra busca fomentar o crescimento da empresa em um mercado de forte concorrência, que inclui Google (GOOGL) e Amazon (AMZN).
A arrecadação de fundos da PhonePe, de investidores da Flipkart liderados pelo Walmart (WMT), dará à empresa uma avaliação de US$ 5,5 bilhões, disse a empresa em um comunicado.
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Fintech contará com conselho próprio de diretores
A PhonePe também está usando a oportunidade para afirmar sua independência do Grupo Flipkart, que administra um negócio de e-commerce de sucesso na Índia, rivalizando com a unidade local da Amazon (AMZN).
Ela terá seu próprio conselho de diretores, que incluirá o fundador e CEO Sameer Nigam e o ex-chefe da Flipkart, Binny Bansal, que não está mais na empresa que co-fundou.
A PhonePe também terá planos de compra de ações para funcionários separados da Flipkart, que continuará a ser sua acionista majoritária, de acordo com o comunicado.
“Estamos muito entusiasmados por ter acesso a capital dedicado de longo prazo para promover nossas ambições no setor de distribuição de serviços financeiros, bem como criar grandes plataformas de crescimento inovadoras para micro, pequenas e médias empresas da Índia”, disse o CEO da PhonePe, Sameer Nigam.
PhonePe pretende lançar IPO em 2023, diz CEO
A PhonePe está de olho na lucratividade até 2022, e pretende ofertar listagem inicial de ações (IPO) no ano seguinte, conforme Sameer Nigam já havia dito.
A empresa fintech tem mais de 100 milhões de usuários ativos mensais, o que a ajudou a registrar quase um bilhão de transações de pagamento digital em outubro.
O mercado de pagamentos digitais da Índia, que deve mais do que dobrar de tamanho para US$ 135 bilhões em 2023 em relação aos níveis de 2019, também atraiu empresas como Amazon.com (AMZN) e Facebook Inc (FB), que criaram seus próprios sistemas para atrair usuários.
Crescimento digital sofre restrições regulatórias
Esse rápido crescimento de fintechs levou o principal processador de pagamentos da Índia, o National Payments Corp of India (NPCI), a limitar a parcela de transações digitais que algumas empresas podem contabilizar.
A mudança da NPCI, anunciada no mês passado, deve impedir o crescimento dos serviços de pagamentos oferecidos pelo Facebook (FB), Google (GOOGL) e PhonePe, ao mesmo tempo em que impulsiona empresas como Jio Payments Bank e Paytm da Reliance (RELIANCE), que têm licenças de banco.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
Fonte: Investing.