Bilibili (BILI) dá entrada em listagem secundária em Hong Kong

A plataforma de vídeo chinesa Bilibili (BILI) entrou com um pedido confidencial para uma listagem secundária em Hong Kong, conforme disse uma fonte próxima ao assunto, que não quis se identificar.

Na semana passada foi informado que a listagem da Bilibili (BILI) em Hong Kong poderia arrecadar mais de US$ 2 bilhões, e o pedido da empresa era esperado ainda na semana passada ou no início desta semana.

A Bilibili (BILI), que atualmente está listada na Nasdaq (IXIC) apresentou o pedido nos últimos dias, segundo informou a fonte. Conforme aumenta a pressão de Donald Trump contra empresas chinesas, diversas companhias da China já buscaram fazer listagens secundárias.

Bilibili (BILI) dá entrada em listagem secundária em Hong Kong
Fonte: (Reprodução/Internet)

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Bilibili (BILI) não comentou sobre o assunto

As empresas já listadas em outra bolsa importante podem registrar confidencialmente uma lista secundária na bolsa de valores de Hong Kong como uma forma de evitar um grande impacto no preço de suas ações. O pedido ainda não é público.

Os detalhes acerca dos preços provavelmente irão aparecer apenas nas próximas semanas. Um porta-voz da Bilibili (BILI) ainda não apresentou declarações acerca do assunto, nem respondeu a pedidos de comentários.

A Bilibili (BILI) é uma plataforma de vídeo chinesa muito popular entre as gerações mais jovens do país. A companhia investe em publicidade para esses públicos, o que faz com que sua base média de usuários mensais chegue a 171,6 milhões. 

Os próprios usuários gerenciam os vídeos da plataforma, sendo que os jogos para celular geram maior parte de sua receita. A Bilibili também hospeda streamings, onde ocorrem transações de compra e venda de itens dentro de jogos com intermédio da plataforma.

Restrições dos EUA aumentam migração de empresas

A Bilibili (BILI) será a última empresa chinesa listada nos Estados Unidos a migrar para Hong Kong para uma listagem secundária. A Alibaba (BABA),  JD.com (JD) e NetEase (NTES) também realizaram listagens secundárias nos últimos 14 meses.

As contínuas tensões entre os Estados Unidos e a China colocam em risco companhias chinesas com listagem em Wall Street. O presidente Donald Trump assinou em dezembro uma legislação que ameaçava retirar a listagem de companhias que não cumprissem os padrões americanos de auditoria.

Recentemente, foi veículado que Trump estava considerando adicionar duas das maiores empresas chinesas em sua lista negra do Pentágono, as gigantes tecnológicas Tencent (0700) e Alibaba (BABA).

Entre as alegações do Presidente dos Estados Unidos para justificar a vinculação de empresas à lista negra, está a de que tais companhias são supostamente controladas ou pertencentes ao Exército de Libertação do Povo chinês.

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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.

Fonte: CNBC.