Banco Central do Brasil quer emitir sua própria moeda digital

O Banco Central e outras instituições já manifestaram sua oposição aos investimentos em dinheiro virtual, afirmando que muitas pessoas poderiam perder aplicações com ativos digitais. No entanto, parece que esta opinião foi modificada no decorrer dos anos.

Nas últimas semanas, o presidente do BC, Roberto Campos, informou o interesse da autarquia federal no desenvolvimento de sua própria moeda digital. Com a ampliação da tecnologia e com o Bitcoin (BTCUSD) ganhando espaço no mercado, a inovação passou a ser analisada.

Segundo Campos, também economista, o novo sistema de transações bancárias da instituição irá impulsionar a criação desse recurso monetário tecnológico. Esses fatores irão marcar a migração dos padrões de atividades financeiras físicas para uma organização virtual.

Banco Central do Brasil quer emitir sua própria moeda digital
Fonte: (Reprodução/Internet)

Confira mais informações sobre o pronunciamento do presidente do BC e o que levou a instituição a modernizar seus recursos .

Novo sistema de pagamento do Banco Central

Sabe-se que a tecnologia tem modificado o que era entendido como comum nas operações financeiras. Essas atividades se tornaram mais práticas, baratas e simples com surgimento das fintechs.

Logo, as instituições tradicionais foram levadas a promoverem inovações dentro de seus serviços. O Banco Central, como autarquia federal e principal atuante no Sistema Financeiro Nacional, precisou acompanhar esta evolução.

Há poucos meses atrás, o BC anunciou seu sistema de pagamentos (PIX), que possibilita que os usuários de recursos bancários realizem suas transações instantaneamente, independente do horário e do banco utilizado.

De acordo com o G1, a inovação será implementada até o mês de novembro de 2020.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Modernização do BC

Segundo o Roberto Campos, o PIX impulsiona essas negociações para um futuro onde a instituição tenha sua própria moeda digital, o que faz parte da modernização desses recursos na realidade trazida pela tecnologia.

O presidente informou que o Banco Central está trabalhando o conceito de “open banking”, que é uma ferramenta já utilizado no exterior para possibilitar que o cliente tenha acesso a todas as informações bancárias, podendo compartilhá-las onde quiser. Logo, com esta função, o mercado estaria padronizado sem operações burocráticas.

A inserção desse conteúdo no Brasil auxiliaria o BC a cumprir sua missão de oferecer a competição igualitária dentro do atual sistema financeiro, o que também inclui a participação das empresas de tecnologia que atuam como bancos.

Especialistas opinam sobre iniciativa

Para o especialista em mercado financeiro do InfoMoney, Gustavo Cunha, a tendência da moeda digital está sendo visada por vários bancos centrais do mundo. Segundo ele, existem três motivos para esta implementação.

O primeiro seria os recursos tecnológicos, os quais facilitaram a acessibilidade dessas instituições ao público, sem precisar de intermediários para esta relação, bem como o aumento do desuso do dinheiro impresso.

Outro fator relevante são as iniciativas privadas na criação de moedas digitais como Bitcoin (BTCUSD) e as demais criptomoedas, que vêm ganhando espaço gigantesco no mercado. E, por último a expansão da utilização de serviços digitais.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

O crescimento da tecnologia nas operações financeiras pode levar o mundo a se deparar com duas dimensões diferentes dessas transações. A comercialização de ativos virtuais não é um movimento de agora, a tendência é que esta onda se sobreponha ao atual padrão, que em breve poderá ser considerado arcaico.

Dessa forma, a digitalização do dinheiro/moeda é uma ação necessária, de acordo com o especialista. Até então, o Banco Central não mencionou quando isto irá acontecer e também não deu mais informações sobre este projeto.