Alibaba (BABA34) e Tencent (0700) podem entrar na lista negra dos EUA

O governo Trump está considerando adicionar os gigantes da tecnologia Alibaba (BABA) e Tencent (0700) a uma lista negra de empresas supostamente pertencentes ou controladas pelos militares chineses, disseram duas fontes na quarta-feira (6).

Ter como alvo as duas empresas mais valiosas da Ásia seria o passo mais dramático do presidente dos EUA na recente série de medidas desencadeadas contra as empresas chinesas, enquanto ele busca consolidar sua política contra Pequim durante seus últimos dias no cargo.

Funcionários do Departamento de Defesa que supervisionam as designações da lista negra ainda não finalizaram os planos, e estão discutindo a adição de outras empresas chinesas, disseram as fontes, falando sob condição de anonimato porque as deliberações são privadas.

Alibaba (BABA34) e Tencent (0700) podem entrar na lista negra dos EUA
Fonte: (Reprodução/Internet)

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Ações da Alibaba (BABA) e Tencent (0700) caem

As ações da Alibaba (9988), maior empresa de comércio eletrônico da China, caíram 3,9% na Bolsa de Valores de Hong Kong, enquanto a gigante dos jogos e da mídia social, Tencent (0700), perdeu 4,7%. As ações do Alibaba (BABA) listadas nos EUA caíram pouco mais de 5%.

Alguns investidores expressaram ceticismo, no entanto, de que o Alibaba (BABA) e a Tencent (0700) enfrentariam restrições de longo prazo, dado que as companhias valem US$ 1,3 trilhão, que são amplamente detidos por investidores americanos .

“É uma política muito ruim e há dinheiro suficiente na Ásia, e cada vez mais não se deveria forçar essas empresas a sair da América. O dinheiro e os mercados devem ser neutros”, disse Thomas Caldwell, presidente da Caldwell Investment Management e investidor da NYSE.

Trump intensificou as medidas contra as empresas chinesas em novembro, com uma ordem executiva que proíbe os investidores norte-americanos de comprar ações de empresas chinesas.

Trump intensifica proibições contra China

Na terça-feira (5), Trump ordenou a proibição de transações com oito aplicativos de software chineses, incluindo o aplicativo de pagamento móvel Alipay do Ant Group (6688) e o QQ Wallet e WeChat Pay da Tencent (0700).

A ordem executiva de novembro buscava dar força a uma lei de 1999 que atribuía ao Departamento de Defesa a tarefa de elaborar uma lista de empresas chinesas consideradas de propriedade ou controladas pelos militares chineses.

O Pentágono até agora colocou 35 empresas na lista negra, incluindo a maior fabricante de chips da China, a SMIC (0981), e a gigante do petróleo CNOOC (0883).

Embora o lançamento da diretriz de novembro tenha levado provedores de índices como o MSCI a começar a excluir empresas da lista negra de seus índices, a confusão sobre o escopo das regras gerou algumas mudanças drásticas na Bolsa de Valores de Nova York nos últimos dias.

China se manifesta sobre proibições

A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) anunciou originalmente em 31 de dezembro planos para retirar de sua lista as companhias China Mobile (CHL), China Telecom (CHA) e China Unicom (CHU)

Na segunda-feira (4), fez uma reviravolta após consultar os reguladores em conexão com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos EUA e decidiu mantê-los listados. Na quarta-feira (6), disse que vai voltar ao plano original de retirada.

A S&P Dow Jones Indices seguiu a NYSE e disse na noite de quarta-feira que removerá os American Depositary Receipts (ADRs) das três empresas de telecomunicações.

Em resposta às notícias da potencial lista negra do Alibaba (BABA) e da Tencent (0700), a porta-voz da China, Hua Chunying, disse na quinta-feira (7) que a China tomaria medidas para proteger os direitos e interesses legítimos de suas empresas.

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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.

Fontes: Reuters e Investing.