A Airbus (AIR) está planejando uma reunião de cúpula com os principais fornecedores nos próximos dias, em meio a especulações crescentes de que pode ter que atrasar os aumentos planejados da produção de jatos, já que a Europa enfrenta uma crise de coronavírus ressurgente.
O briefing da próxima semana pelo presidente-executivo da Airbus (AIR), Guillaume Faury, para os chefes de vários fornecedores, deve definir o tom de fabricação para o próximo ano.
A Airbus (AIR) disse que quer estar em forma para aumentar a produção de referência da família A320 em 18%, para 47 jatos por mês até julho, mas a recuperação parcial da produção para níveis pré-crise de 60 já caiu para o quarto trimestre, de acordo com analistas, e pode escorregar ainda mais.
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Airbus (AIR) diz que curva de produção pode subir
A Airbus (AIR) se referiu a comentários recentes do diretor de operações Michael Schoellhorn, que no mês passado disse ao jornal Hamburger Abendblatt que a curva de produção também pode subir um pouco mais tarde ou mais plana, e que estão acompanhando a situação de perto.
Um porta-voz acrescentou que a Airbus (AIR) havia dito desde outubro que a meta de 47 por mês é uma preparação para aumentar quando certas condições forem atendidas, e que ela não reflete uma decisão.
Uma fonte da cadeia de suprimentos para aeronaves disse que a taxa de 47 jatos deve cair, enquanto outro fornecedor disse que a taxa estava além do alcance para 2021.
Companhia está em impasse com fornecedores
A Airbus (AIR) está envolvida em um impasse com alguns fornecedores que querem ser pagos antecipadamente pelas peças para dar suporte a qualquer aumento planejado, caso a demanda volátil volte a cair.
Essas empresas, por sua vez, estão recebendo demandas semelhantes de seus próprios fornecedores. Isso está tornando mais difícil para a Airbus (AIR) decidir o momento de um aumento, uma vez que envolveria adiantamento de dinheiro, disseram as fontes.
Airbus (AIR) quer reduzir trabalhadores
Atrasar o aumento planejado na produção para 47 aeronaves por mês prolongaria a pressão financeira, enquanto a Airbus está lutando para atingir as metas de redução de empregos, especialmente em sua sede na França e nas fábricas alemãs, disseram as fontes.
A Airbus (AIR) estendeu o prazo para partidas voluntárias como parte de um plano de reestruturação. Espera-se que Faury force cortes significativos de cargos executivos como parte da maior reestruturação da empresa, desencadeada por uma queda nas viagens aéreas devido à pandemia.
Apesar dos novos bloqueios na Europa, no entanto, a Airbus deve confirmar sua posição como a maior fabricante de aviões do mundo quando anunciar entregas mais fortes do que o esperado na sexta-feira (8).
As entregas caíram cerca de 35% em relação aos níveis de 2019, mas aceleraram no segundo semestre do ano, à medida que a Airbus fazia malabarismos para pedidos de adiamento e fechava acordos de armazenamento temporário com companhias aéreas.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
Fonte: Reuters.
