Ações da Eletrobras sobem com rumores sobre privatização

Recentemente, o Ministério da Economia se pronunciou sobre a retomada das atividades econômicas, que ocorrerá depois do encerramento das políticas emergenciais voltadas para dar assistência aos trabalhadores e às pessoas de baixa renda.

De acordo com os planejamentos de Paulo Guedes, isso ocorrerá nos próximos três meses do segundo bimestre. Ele tem reforçado a importância de continuar a agenda de reformas que estavam previstas para este ano, antes da pandemia surgir.

Dentro dos projetos voltados para o país no ano de 2020, está a privatização de empresas que possui capital público, uma delas é a Eletrobras. Tudo indica que a venda de suas ações irá ocorrer ano que vem.

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Fonte:(reprodução/internet)

Ações da Eletrobras sobem com rumores sobre privatização. Saiba quais são os planos para estatal e acompanhe o reflexo da sua comercialização no mercado financeiro. Veja ,ainda, como está o seu desempenho durante a crise.

Desempenho da companhia em 2020

Não foram só as empresas de capital privado que obtiveram queda nesta pandemia. Sociedades com a participação do governo também foram alvo dos impactos da crise. A Eletrobras também entrou no grupo de estatais que tiveram quedas bruscas em seus lucros.

No ano de 2019, ela obteve um faturamento líquido de mais de 1 bilhão de reais, nos três primeiros meses. Já este ano, no mesmo período, esses ganhos foram de 306,83 milhões. O que corresponde uma baixa de 77% em 12 meses.

Conforme a página InfoMoney, a companhia atribuiu os efeitos negativos à atual situação da economia brasileira e mundial. Outro fator que contribuiu para a queda foi a oscilação cambial que culminou na desvalorização da moeda brasileira frente à americana.

Essa questão foi negativa para a empresa, que registrou a variação em mais de 660 milhões de reais. Esses pontos atrapalharam o crescimento que era estimado pelos administradores, um lucro de 282 milhões a mais que o ano passado.

Privatização da Estatal

Algumas estatais estão na mira de Paulo Guedes para serem privatizadas, as principais da lista são Eletrobras e Correios. Para Guedes, o intuito da venda dessas empresas é gerar capital ao Brasil o que consequentemente irá acelerar o seu reaquecimento econômico.

A reforma tributária juntamente com as privatizações estavam na pasta do ministro para este ano. Mas a sua execução foi freada pela pandemia. No entanto, o Ministério da Economia tem o objetivo de retomar estes planejamentos nos próximos três meses.

É válido informar, que atualmente a Eletrobras trata-se de uma sociedade de economia mista que possui 52% de capital público, ou seja, mais da metade de suas ações são controlados pelo governo federal.

Privatiza-la significaria a venda dessa porcentagem aos investidores e interessados, tornando-a 100% em capital privado. Há quem diga que a pauta de privatizações pode ser uma pedra no sapato de Guedes, tendo em vista a necessidade da aprovação junto às casas do Congresso Nacional.

Reflexo no mercado financeiro

É perceptível que quando o governo menciona a venda de grandes companhias, como a Eletrobras, Banco do Brasil e os Correios, o mercado reage com alvoroço. Afinal, muitos investidores estão interessados nessas movimentações.

Quando foi mencionado o interesse do ministro da economia em prosseguir no plano de privatização das Centrais Elétricas Brasileiras, as ações ELET3 e ELET dispararam. Juntas somaram uma alta de mais de 16%.

Para grandes nomes da economia, como o de Montezano, atual presidente do BNDES, a Eletrobras é uma das companhias com participação da União que mais carece de privatização. Para ele, os investimentos públicos são suficientes para o desenvolvimento da estatal.

Prova disso é a dívida adquirida pela sociedade, a qual ultrapassa 21 bilhões de reais, um aumento de 5,4%, quando comparado ao mesmo período do ano passado, que foi de 19,97 bilhões.

Enfim, segundo o site O Globo, para Montezano a fomentação da aplicação de capitais privados é indispensável para o crescimento da economia do Brasil, principalmente no setor de infraestrutura que tem obtido grandes perdas com a crise.